Meninos quando Bernardinho foi campeão pela 1ª vez, Lucão, Bruninho e Thiago Alves buscam nono título. Luta começa nesta sexta, contra a Bulgária

Quando Bernardinho, em 2001, assumiu o comando da seleção brasileira e levantou seu primeiro caneco na Liga Mundial - o segundo do país -, Bruninho, Lucão e Thiago Alves eram apenas meninos que sonhavam com um futuro no vôlei. Agora, o trio é peça-chave de um time que, renovado e desfalcado de nomes de peso, dará o primeiro passo para tentar entrar na história como o maior campeão do torneio: dono de nove títulos, tem a chance de superar a Itália. O desafio começa nesta sexta-feira, às 9h30m, contra a Bulgária, em Uberlândia. No sábado, as equipes voltam a se enfrentar. A TV Globo transmite as duas partidas ao vivo.

- Comecei a jogar vôlei acompanhando essa geração vitoriosa. É um orgulho para mim estar aqui. Estamos em um momento importante, no qual podemos fazer história – disse Thiago Alves.

Durante a preparação para o nono título, a seleção enfrentou alguns percalços. Bernardinho reclamou do curto período de treinamentos. Dante, último a se apresentar, chegou duas semanas da estreia. Ele será poupado, assim como Rodrigão e Giba. O treinador não contava, porém, que seria surpreendido por tantos problemas de lesão. O líbero Serginho se recupera de uma lombalgia. Éder também é desfalque devido a uma pubalgia. João Paulo Tavares, após uma torção no tornozelo esquerdo, só joga na segunda rodada.

Para o jogo contra a Bulgária, Bernardinho vai contar com um time relativamente novo. Nele, Lucão, de 24 anos, campeão da Superliga com o Florianópolis - depois, foi para o Vôlei Futuro. Na época em que o treinador da seleção erguia a primeira taça da Liga Mundial, o meio de rede ainda se divida entre o vôlei e o basquete.

- A gente quer muito fazer história. Problemas acontecem, mas acho que não irão nos prejudicar. Vamos sofrer um pouco no início com as ausências, principalmente dos mais experientes, mas aos poucos tudo vai se ajustando - analisou Lucão.
Além de Lucão, Bruninho e Thiago Alves, a seleção inicia a campanha com o oposto Leandro Vissotto, o central Sidão, o ponteiro Murilo e o líbero Mário Jr.
- O ideal seria que todos estivessem em condições de jogo, mas essa não é a realidade. Vamos lutar para conseguir duas vitórias contra a Bulgária e entrarmos confiantes na competição - explicou Bruninho, que teve como acompanhar as conquistas de perto por ter o pai, Bernardinho, no comando da equipe verde-amarela.

A Bulgária é um dos adversários mais fortes da chave do Brasil. O trio concorda que, tecnicamente, os búlgaros são muito fortes e dará muito trabalho muito na recepção, que precisa ser eficiente para facilitar o bloqueio. Matey Kaziyski é o principal nome do time e, segundo os brasileiros, exige cuidados.

- É uma equipe de força, e conta com jogadores experientes, como o Kaziyski, e com alguns jovens que estão surgindo e se destacando. Teremos que jogar na base do nosso entrosamento e nos detalhes. Não podemos errar muito contra eles - reforçou o técnico Bernardinho.

Depois de enfrentar os búlgaros, a seleção brasileira duela, nos dias 12 e 13 de junho, com a Holanda, em Brasília. No ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, a equipe disputa a terceira rodada, nos dias 18 e 19, contra a Coreia do Sul. Na fase internacional, o time segue para o exterior e pega, na sequência, Holanda, Coreia e Bulgária. As finais, do dia 21 a 25 de julho, serão em Córdoba, na Argentina.