Encantados pelo futebol brasileiro, sul-africanos prometem torcer pela seleção verde-amarela contra Portugal

A seleção brasileira encontra um pedaço diferente da África do Sul na noite desta quarta-feira, ao desembarcar na cidade de Durban, palco do jogo de sexta, contra Portugal. E não é só pela temperatura agradável e pelas praias com jeitão de Rio de Janeiro, tão diferentes do urbanismo de Joanesburgo. Os comandados de Dunga também verão, mesmo que apenas pela janela do ônibus, novos aspectos culturais do país que recebe o Mundial. A região de Durban tem, em toda a África do Sul, a maior concentração de zulus, principal etnia do país. E também conta com a maior presença de indianos fora da nação de origem deles.
E o bacana é que boa parte deles adotou o Brasil, mesmo antes de a África do Sul estar eliminada. É um misto de sentimentos, pelo que eles dizem: um pouco de identificação com um país de terceiro mundo, outro tanto de empolgação por ter o melhor futebol do planeta ali na cidade, e justamente em um jogão, contra outra seleção das mais fortes. Não chegou a ser surpresa ver os indianos colocando bandeirinhas do Brasil em suas barracas de produtos orientais nesta quarta.
Mas foi um zulu de 13 anos, chamado Nkululeko Mgobhozi, quem melhor sintetizou a simpatia do povo de Durban pela seleção brasileira. Ele acompanhava um grupo que faria uma apresentação de danças tribais na beira da praia, estava vestido igual aos colegas, mas tinha um ponto como diferencial. Carregava uma bandeira do Brasil. Por quê?
- Porque o Brasil tem o Kaká e os melhores jogadores do mundo. Eu quero que o Brasil ganhe. É melhor do que os outros.
Fica no ar uma curiosidade sobre o público que irá ao Moses Mabhida para Brasil x Portugal. Durban tem fortíssima colônia portuguesa. Os próprios lusitanos dizem que mais de 20 mil deles devem ir ao estádio. Os brasileiros estarão em número muito menor, mas contam com a simpatia da população local para igualar o grito dos adversários do lado de fora do campo.